Responsáveis das dioceses de Angra e Portalegre-Castelo Branco pretendem que a Igreja acompanhe «no terreno» casos de exclusão
Os bispos de Angra e de Portalegre-Castelo Branco, D. António de Sousa Braga e D. Antonino Dias, apelaram à criação de grupos Cáritas nas paróquias para que a rede de apoio social da Igreja seja mais eficiente.
“Neste momento de crise, é preciso garantir presença no terreno, com sensibilidade social e iniciativas apropriadas, apoiando os serviços e movimentos existentes”, refere o bispo de Angra na sua Mensagem para a Quaresma.
Por isso, “onde não há grupos de apoio social, é o momento oportuno para criar Núcleos Cáritas, a nível paroquial e/ou inter-paroquial, para tomarem conhecimento, acompanharem e encaminharem os casos de emergência e exclusão sociais”, indica D. António de Sousa Braga.
O bispo de Portalegre-Castelo Branco, por seu lado, observa que “os jovens são sensíveis neste sector e gostam que confiemos neles.”
Na homilia da missa de Quarta-feira de Cinzas, o prelado recordou que a Cáritas Diocesana “tem manifestado a disponibilidade para ajudar as paróquias nessa iniciativa”, contribuindo para que os grupos locais “entendam qual a sua missão”.
“Se a apatia nos entristece, também não nos alegrará saber que algum Grupo Cáritas cede à tentação de avaliar o seu trabalho sentando-se à sombra de um possível saldo bancário quando, ao lado ou na Diocese, há gente que passa fome”, afirmou D. Antonino Dias.