O tema do casamento homossexual não faz parte da agenda da assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) que se inicia esta Segunda-feira em Fátima.
“Não vemos essas iniciativas como uma provocação”, diz o padre Manuel Morujão, porta-voz CEP. “É o que o Governo pensa sobre a vida e a família, a posição da Igreja vai noutra linha. Mas o que ela tem a dizer está dito” na nota pastoral «Em favor do verdadeiro casamento», publicada em Fevereiro.
D. Manuel Clemente defende que seria oportuno “discutir, sem pressas” a legalização do casamento homossexual fazendo um “grande debate nacional sobre este tema”. A posição do prelado foi defendida a 3 de Outubro, numa tertúlia no Casino da Figueira da Foz.
O Bispo do Porto acentuou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo pode ser contratualmente aceitável, mas não o pode ser em termos familiares, já que, lembrou, a conjugalidade apenas resulta da união entre um homem e uma mulher.
O porta-voz da CEP afirmou à Lusa que a ideia de D. Manuel Clemente é “respeitável”, pois permitiria um “um debate esclarecedor” sobre o tema.