Bispos não consideram que a liberdade de expressão esteja em perigo

Secretário da CEP afirma que este direito é fundamental, também para a Igreja

A Igreja Católica considera que a liberdade de expressão é um dos “direitos fundamentais da pessoa”, mas não vê que a mesma esteja “em perigo” no nosso país.

Para o secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Pe. Manuel Morujão, as recentes polémicas sobre as relações entre o governo e a comunicação social são “excepções” que não significam que “esteja em perigo a liberdade de expressão em Portugal”.

Este responsável falava aos jornalistas após o encontro do Conselho Permanente da CEP, que decorreu em Fátima. O Pe. Manuel Morujão foi confrontado com as declarações que o Bispo do Porto proferiu sobre esta matéria, considerando que as mesmas são “perfeitamente aceitáveis”.

D. Manuel Clemente disse que “quem tem responsabilidades acrescidas” tem “obrigações maiores de coerência”, ressalvando, no entanto, que o momento de prestar os esclarecimentos é “uma decisão pessoal”.

Para o Pe. Manuel Morujão, “não se vê qual é a alternativa que se possa aceitar senão o que ele (D. Manuel Clemete, ndr) disse”. Estes “princípios gerais”, acrescentou, dizem respeito a “qualquer cidadão” e não apenas ao Presidente da República ou ao Primeiro-Ministro.

Casamento

O secretário da CEP disse ainda que a Igreja olha com “simpatia” para a manifestação promovida pela Plataforma Cidadania e Casamento, um “grande encontro” que visa a “consolidação da família e do verdadeiro casamento”.

Este grupo de cidadãos convocou uma manifestação para o próximo dia 20 de Fevereiro, em Lisboa, na qual se pretende “manifestar que o casamento é entre um homem e uma mulher” e que “cada criança tem direito a um pai e uma mãe”.

“Nós, mulheres e homens livres de Portugal temos o direito a decidir, pelas crianças, pelo casamento e pela família”, assinala a organização do evento, que espera reunir muitos dos que exigem um referendo ao projecto de lei que legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O Pe. Manuel Morujão considera que é necessário contestar os “caminhos que contrariam a história do casamento” e desvirtuam a sua identidade.

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