O Presidente da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), cardeal Pedro Rubiano Sáenz, assegurou que a Igreja Católica no país está a trabalhar para obter um acordo humanitário entre a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o governo, mas vincou que este “deve incluir a todas as pessoas sequestradas” e não apenas as figuras políticas. “A aspiração é que se faça um acordo onde todas as pessoas possam ser libertadas, e não somente as que a guerrilha classifica como detidas por causas políticas”, afirmou o cardeal. O arcebispo de Bogotá reiterou o pedido de diversas organizações internacionais, que reclamam às FARC a libertação imediata de cerca de 800 pessoas, retidas em seu poder. D. Héctor Fabio Henao, director do Secretariado Nacional de Pastoral Social da CEC e membro da comissão para o diálogo, exortou as partes a definir, o mais rapidamente possível, as bases do acordo para o intercâmbio humanitário. Por sua vez, o Secretariado das FARC exigiu do Governo a designação de representantes directos para a negociação. Os guerrilheiros advertem que enquanto não houver negociadores do Governo, “as reuniões sobre o intercâmbio humanitário serão estéreis”, uma posição de que D. Henao confirma ter conhecimento.
