Bispos mexicanos pedem fim da divisão no país

A Conferência Episcopal Mexicana (CEM) saudou esta quarta-feira a decisão do Tribunal Eleitoral do Poder Judicial da Federação (TEP JF) que proclamou Felipe Calderón como presidente eleito do México e apelou ao fim dos confrontos entre apoiantes e opositores do novo presidente. “Com esta decisão judicial o processo eleitoral concluiu e confiamos que termine todo e qualquer confronto” refere um comunicado da CEM, visando em particular o candidato derrotado, Andrés López Obrador, que tem mobilizado uma série de protestantes em todo o país e recusa que Calderón assuma o cargo, como previsto, a 1 de Dezembro de 2006, acusando-o de fraude eleitoral. A carta aberta dos bispos mexicanos insiste que esta “é a hora de construir as pontes do diálogo, do entendimento e dos acordos imprescindíveis para tornar possível a governabilidade que nos permita construir um México mais justo”. O comunicado é assinado pelo presidente e pelo secretário da CEM, D. José Guadalupe Martín Rábago e D. Carlos Aguiar Retes, bem como pelos Cardeais Norberto Rivera Carrera e Juan Sandoval Iñiguez. O episcopado mexicano pede ao novo executivo que olhe para “o flagelo da insegurança e do crime organizado” procurando também oferecer “uma adequada educação às nossas crianças e jovens, uma vida digna às pessoas mais vulneráveis e combater a impunidade, o narcotráfico e a corrupção, que tanto feriram as nossas instituições”. Os Bispos “recordam ao povo do México que a paz é um dom de Deus, mas também temos a responsabilidade de construí-la sobre a base da justiça e o respeito da dignidade inalienável das pessoas”. López Obrador já convocou uma manifestação para 16 de Setembro, dia da Independência do México, mas garantiu que só vai usar meios pacíficos para promover a sua causa. Redacção/Zenit

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