Bispos maronitas pedem que a ONU ordene cessar-fogo

A Conferência Episcopal da Igreja Católica Maronita do Líbano fez hoje um apelo urgente ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para que emita uma resolução de cessar-fogo. Os bispos maronitas expressaram o seu apoio ao governo do primeiro-ministro, Fuad Siniora, e aos seus sus esforços para “estender a autoridade do Estado a todo o território libanês”, informou a televisão LBC. A Igreja Maronita, de rito oriental, instalou-se nas montanhas do Líbano a partir do século VII e está em comunhão com Roma desde o século XII. Tem o seu próprio Patriarca, que utiliza no nome o do Apóstolo Pedro – actualmente o Cardeal Nasrallah Pedro Sfeir. Ao longo dos séculos tem resistido a vários ataques, estando ainda bem presente na memória a guerra de 17 anos que começou em Abril de 1975. Igrejas, escolas e mosteiros de Beirute estão neste momento a abrigar feridos e deslocados, bem como todos aqueles que não conseguiram deixar a capital libanesa, nos últimos dias de ataques. O superior-geral da Ordem Maronita Mariamita, Abade Seman Abou Abdo, disse à agência católica AsiaNews que “a Ordem deve ser solidária com os sofrimentos do nosso povo, sem fazer diferença entre cristãos e muçulmanos”. O Patriarca greco-melquita, Gregorio III Lahham, fez um apelo a todos os responsáveis, a todos os Bispos e Superiores Gerais das Congregações religiosas, para que se mobilizem em favor desses “irmãos atingidos pelos atrozes bombardeamentos dos inimigos da paz”. A abertura dos conventos e institutos religiosos fora pedida também pelo governo das Filipinas, para dar socorro a 34 mil filipinos que trabalham no Líbano. Milhares de pessoas atravessaram a fronteira do Líbano, desde o início dos bombardeios israelitas e mais de meio milhão de libaneses já deixaram suas casas, no sul do país e em Beirute, em busca de refúgio.. Estima-se ainda que dezenas de milhares de estrangeiros deixem o Líbano por terra, mar e ar nos próximos dias – o que deixa ainda mais preocupados os habitantes locais, que tem um agravamento dos ataques.

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