Bispos libaneses exigem liberdade para o país

Os bispos do Líbano, reunidos em assembleia especial após o assassinato do antigo primeiro-ministro Rafic Hariri, consideram que “só onde reina um regime totalitário acontecem estes crimes”. Hariri, de 60 anos, morreu na passada terça-feira, vítima de uma forte explosão ocorrida em Beirute. Os prelados maronitas publicaram uma mensagem na qual fazem um apelo de “fraternidade e convivência”, pedindo o respeito dos direitos dos cidadãos à plena liberdade” e expressando a sua tristeza pelo reinício da violência. A mensagem envia ainda os pêsames pela “terrível” morte de Hariri. O Patriarca maronita libanês, Nasrallah Pierre Sfeir, já tinha sido recebido no Vaticano, no final de Janeiro, para falar sobre estas questões. No início de 2005, o representante do Papa no Líbano, D. Luigi Gatti, pediu ao presidente Emile Lahoud Jan que satisfaça os anseios de “paz e liberdade” do povo libanês. O mandato presidencial de Lahoud foi prolongado por uma emenda constitucional, apesar de uma resolução do Conselho da Segurança da ONU, em Setembro do ano passado, exigindo eleições presidenciais e a retirada das tropas sírias no país. O assassinato de Rafic Hariri foi atribuído por grande número de libaneses àSíria, dado que Hariri mantinha sérias divergências com o regime de Damasco que o levaram a demitir-se do seu cargo de primeiro-ministro no ano passado. “Estas acções tentam fazer desaparecer a voz de quem pede o regresso do Líbano à liberdade e à soberania, através da eliminação de qualquer tutela contrária à vocação histórica do país”, considera o episcopado. Os bispos concluem o comunicado convidando “à prudência, à cautela”.

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