Bispos franceses apelam ao diálogo na Costa do Marfim

Os Bispos católicos da França lançaram ontem um apelo em favor do diálogo na Costa do Marfim, defendendo soluções que promovam uma “paz duradoura”. “Apelamos ao regresso ao diálogo e ao compromisso dos responsáveis para oferecer uma paz duradoura ao povo marfinense”, refere uma declaração pública da Conferência Episcopal Francesa. O documento condena “as escolhas feitas por aqueles que, desprezando os acordos passados e as assinaturas oferecidas, contribuem para o ciclo da violência e da morte”. A morte de nove soldados franceses foi acolhida como “grande emoção e inquietude”, com os prelados a manifestarem a sua solidariedade às famílias das vítimas e a todos os que arriscam a vida em missões de paz. No Domingo, João Paulo II pedira ao fim dos confrontos e o respeito pelo acordo de paz na Costa do Marfim, após a escalada de violência desencadeada pela morte dos soldados franceses. “Que se calem as armas e se retome a via do diálogo”, afirmou. As forças governamentais da Costa do Marfim violaram quinta- feira o acordo de paz com bombardeamentos aéreos sobre a cidade de Bouaké, mas a situação agravou-se sábado com mais um ataque aéreo sobre posições da força de paz francesa, provocando a morte de nove soldados e ferimentos em mais 22. O contingente francês na Costa do Marfim ripostou a este ataque, destruindo todos os meios aéreos das forças governamentais e controlou de imediato o aeroporto internacional de Abidjan. O Conselho de Segurança da ONU aprovou na noite de sábado uma declaração na qual condena o ataque das forças governamentais de Costa do Marfim contra efectivos franceses e apoia a acção destes e dos capacetes azuis no país africano.

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