Estudo que indica diferentes realidades europeias vai ser analisado na Assembleia Plenária da CCEE
A Assembleia Plenária das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) vai analisar um estudo feito nos países europeus sobre a relação entre Estados e Igrejas.
Apresentado aos jornalistas, o estudo aponta o “papel central que as Conferências Episcopais da Europa desempenham na relação com os Estados apesar de “em diferentes formas e através de diferentes caminhos”.
O estudo foca o estatuto jurídico das Igrejas em diferentes Estados europeus, destacando que, “mesmo quando a Igreja é reconhecida, o seu estatuto nem sempre é adequado às suas necessidades e natureza”.
A análise feita nos países europeus apresenta diferentes sistemas implementados nas Igrejas europeias e faz a apreciação de diferentes países europeus sobre a posição da Igreja em situações sociais.
As respostas são variadas. No geral, “a posição da Igreja é apreciada ou, pelo menos, tida em consideração, caso de países como a Alemanha, França, Lituânia, Albânia e Grécia”, afirma o estudo.
Em outros países, as posições da Igreja são completamente ignoradas (caso da Bósnia e da Eslovénia) e semelhante reacção é denunciada pelos bispos da Áustria e da República Checa quando a posição da Igreja é oposta da grande maioria da população. A ridicularização nos media é uma situação lamentada pelos bispos da Suíça.
As conferências episcopais de Inglaterra, Moldávia, Polónia e Portugal distinguem-se. “Questões sobre a sexualidade, família, bioética são ou ignoradas ou combatidas. Sobre as questões sociais tal como os direitos humanos, solidariedade e desenvolvimento as posições da Igreja são apreciadas e valorizadas”.
A posição da Igreja em questões sobre sexualidade e família são encaradas como uma interferência e encontram fortes críticas. Os que criticam, contudo, gostariam de ver a Igreja mais comprometida com questões sociais. “É o caso da Itália”.
