Os acordos para a parceria económica entre a União Europeia e a União africana, o impacto social e ambiental das industrias mineiras, a questão da migração são alguns dos tópicos que constam do documento delineado pela Comissão Justiça e Paz da SECAM – Simpósio da Conferência dos Bispos de África e de Madagáscar, que amanhã, dia 17, será discutido entre mais de 30 bispos africanos e europeus, no workshop sobre “Escravidão e novas formas de escravidão”, organizado em cooperação com o Conselho Europeu das Conferenciais Episcopais – CCEE. O documento será distribuído por todos os bispos europeus e africanos, que o deverão entregar aos seus governos. Os participantes no workshop vão produzir uma breve mensagem para a Cimeira de Lisboa, marcada para 8 e 9 de Dezembro, onde estarão presentes os chefes de Estado e dos governos da União Europeia e da União africana. O pedido feito aos governos inclui a modificação das negociações com África, com uma especial referência aos acordos com as colónias dos países de África, Caribe, e Pacífico. Os líderes africanos foram aconselhados a não assinar apressadamente os acordos e a conduzir campanhas de consciencialização. Quanto à presença de industrias mineiras em África, a Europa foi desafiada a mudar a o estilo de consumo das populações e a promover o uso de recursos naturais, mas acima de tudo a desenvolver políticas claras e legais para manter o controlo nas industrias mineiras. Aos governos africanos é pedido que apenas licenciem após obter o consentimento das comunidades locais e é-lhes pedido que parem de ameaçar os que lutam contra a corrupção, pelos direitos humanos e destruição do ambiente. Quanto às migrações, o documento sugere que, entre outras coisas, a Convenção Internacional para a Protecção dos Trabalhadores Migrantes e suas Famílias, seja ratificado.