Os bispos espanhóis condenaram o atentado terrorista que vitimou mortalmente um militar e feriu outros 6, na localidade espanhola de Santoña. Na madrugada de Segunda-feira, um carro-bomba explodiu frente ao Patronato Militar «Virgem do Porto», uma academia de formação militar de Santoña. Outras 10 pessoas ficaram feridas em vários atentados durante o fim de semana, no País Basco. Numa nota, os bispos espanhóis recordam que a qualificação moral “absolutamente negativa” do terrorismo “estende-se, na devida proporção, às acções ou omissões de todos aqueles que, sem intervir directamente nos atentados, tornam-nos possíveis, como quem faz parte dos comandos informativos ou de sua organização, encobre os terroristas ou colabora com eles”. “A Doutrina da Igreja permite-nos qualificar o terrorismo como uma realidade perversa em si mesma, que não admite justificação alguma apelando a outros males sociais, reais ou supostos. Mais ainda, faz possível que avaliemos até que ponto o terrorismo é uma estrutura de pecado que gera novos e graves males”, sugerem os bispos espanhóis. O bispo de Santander, D. Vicente Jiménez, manifestou também num comunicado, a necessidade de “uma proximidade da Igreja às vítimas dos atentados”. “Mais uma vez, o grupo terrorista ETA semeou morte e dor na Vila Cántabra de Santoña”, escreveu o bispo, que expressa dor profunda e condena “este acto criminoso e terrorista”. “O terrorismo é intrinsecamente perverso e ataca gravemente o direito à vida e à liberdade”. Assim, D. Jiménez manifesta o seu apoio “às autoridades públicas e aos corpos e forças de segurança do Estado no louvável trabalho ao serviço da convivência de toda a sociedade em paz e em justiça”. Redacção/Zenit