Bispos dos EUA e da UE terminam visita à Terra Santa

Visita dos episcopados à Terra Santa termina com apelo à paz e ao diálogo entre israelistas e palestinianos Foi com um forte apelo à paz na Faixa de Gaza que os bispos dos Estados Unidos da América e da União Europeia terminaram a visita à Terra Santa. Os bispos, na sua declaração final, concordaram que “não se pode alcançar a paz sem que o povo viva em paz, não se pode ser seguro e justo sem segurança e justiça para todos. A fé dá a esperança, que a justiça, a paz e o perdão são possíveis”. Os bispos signatários da declaração final exortaram os líderes da comunidade internacional a “trabalhar com israelitas e palestinianos para acabar com a violência em Gaza e fornecer assistência humanitária. E mais. “A uma só voz, façamos pressão às duas partes para que construam uma paz justa, com segurança para Israel e um estado para os palestinianos. A tradicional visita dos bispos americanos e da UE a Jerusalém, decorreu este ano sob o pano da guerra na Faixa de Gaza. Estas deslocações querem mostrar solidariedade à Igreja e às comunidades cristãs locais. A delegação episcopal é composta por bispos do Canadá, Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Suíça e Estados Unidos, acompanhados por representantes do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE) e da Comissão dos Episcopados da União Europeia (COMECE). “Se queremos realmente alcançar a paz, é urgente colocarmos a pessoa humana e a sua dignidade no centro, em vez do uso da violência. Este deve ser o primeiro objectivo a atingir” afirmou D. William Kenney, Bispo auxiliar de Birmingham e representante da COMECE. D. William Kenney mostrou-se muito impressionado pelo contacto com a população. “Quase todos têm amigos ou familiares na Faixa de Gaza, e por isso, o sentimento de angústia é constante”. “As pessoas têm consciência que não podem fazer nada pelos seus amigos e parentes, sabem que não têm influência na crise”. Para o bispo auxiliar de Birmingham, a esperança de um acordo de paz tem de ser baseado na descoberta do que existe de comum nas religiões, “todo o homem e mulher é feito à imagem de Deus. Se esta constatação fosse feita, ninguém iria lutar com o seu irmão”. O representante da COMECE assinalou os esforços desenvolvidos pela UE com vista à paz. “É o maior projecto de paz que existe”. Nesse sentido, “a UE será sempre chamada ao compromisso para a promoção da paz no Médio Oriente, não apenas entre israelitas e palestinianos”. O representante assinalou ainda que a COMECE está sempre disponível para a ajuda espiritual e material à Igreja de Jerusalém, “às comunidades locais e a todas as pessoas através da promoção de projectos de solidariedade e no aumento de peregrinos, pressionando as autoridades dos seus países”. Na declaração final os bispos lançaram um pedido aos fiéis dos seus países. “Rezem pela Igreja de Jerusalém e não tenham medo de serem peregrinos nos locais santos para encontrarem a vida cristã das comunidades locais”. “Unam-se a nós para convencer os nossos governos a considerar o conflito israelo-palestiniano uma prioridade”, apelaram os bispos, pedindo ainda o apoio com projectos concretos, encorajando a comunidade cristã local a lutar pela sobrevivência. Os bispos deixaram ainda palavras aos cristão da Terra Santa. “Nós somos uma família, uma comunidade com Cristo. Ouvimos os vossos gritos e asseguramos as nossas orações e a nossa contínua solidariedade”.

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