Bispos do Iraque pedem ajuda à Europa para garantirem liberdade religiosa no seu país

Uma delegação de bispos do Iraque está a realizar uma visita à sede do Parlamento Europeu em Estrasburgo, com o objectivo de pedir a ajuda da Europa e do Ocidente para a situação delicada que os cristãos e outras minorias éticas estão a atravessar, naquele país.

Ao longo dos últimos meses, têm-se registado vários episódios de violência contra as comunidades cristãs radicadas no Iraque, uma nação onde predomina a religião muçulmana. O exemplo mais negro ocorreu a 31 de Outubro, quando um assalto a uma Igreja cristã, em Bagdad, custou a vida a 68 pessoas.

Em declarações publicadas pela Rádio Vaticano, um dos elementos da delegação, D. Basile Casmoussa, considera importante “que a Europa e o Ocidente pressionem o governo iraquiano, para que garanta os direitos dos cristãos e das outras minorias religiosas”.

Recorde-se que, por causa deste clima de perseguição religiosa no Iraque, milhares de cristãos já abandonaram o país, procurando refúgio em outros países árabes e também na Europa. Só a Turquia já recebeu perto de quatro mil refugiados.

Para o arcebispo siro-católico de Mossul, esta não é uma alternativa adequada. “Agradecemos a todos os países dispostos a aceitar os cristãos iraquianos em fuga, mas esta não é a solução”, sublinha D. Basile Casmoussa, que está em Estrasburgo acompanhado pelo arcebispo siro-católico de Bagdad, D. Matti Shaba Matoka, e pelo bispo auxiliar caldeu de Bagdad, D. Shlemon Warduni.

Os prelados pedem sobretudo “segurança, para que os cristãos possam professar livremente o próprio credo e frequentar os lugares de culto, sem medo”.

A visita oficial à sede do Parlamento Europeu faz parte de uma série de iniciativas da Igreja cristã do Iraque, com o intuito de sensibilizarem a opinião pública e as instâncias internacionais para o clima de violência e intolerância religiosa que está instalado naquele país.

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