Os Bispos do Chade receberam com satisfação a mensagem de solidariedade e proximidade manifestada pelo papa à população do Chade, na quarta-feira, durante a audiência geral, no Vaticano. Falando em nome dos bispos do país africano, D. Pierre Nguyên Van Tot, núncio apostólico, agradece assim as palavras proferidas pelo pontífice sobre os últimos acontecimentos no Chade. Ele explica: “A maior parte das dioceses do País não foi atingida pela guerra porque o Chade é muito vasto e as distâncias são enormes. Apesar disso, os bispos mobilizaram a comunidade católica para rezar incessantemente pela paz. O bispo de Goré, D. Rosario Pio Ramolo, por exemplo, promoveu momentos especiais de oração pela paz”. “A situação na capital, N’Djamena, é calma, mas muitas pessoas que fugiram durante os combates resistem em voltar enquanto não retornar a estabilidade” – conclui o núncio. Vários refugiados, cerca de 5 mil, encontram-se na fronteira dos Camarões, na paróquia de Kousseri, diocese de Yagoua. Segundo a Cruz Vermelha local, na batalha de N’Djamena, de 3 e 4 de Fevereiro passado, 160 pessoas foram mortas e mil ficaram feridas. No plano político, permanece a incerteza sobre as acções dos rebeldes. O Presidente, Idriss Deby, declarou ter reconquistado o controle da capital e do resto do país, e a França renovou o seu apoio ao governo local através do Ministro da Defesa, que visitou Chade e o contingente militar francês ali posicionado.