Bispos do Brasil justificam oposição ao aborto de anencéfalos

A Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) considera que “a vida deve ser respeitada em quanto vida e não por suas possibilidades de sobrevivência”, pelo que contesta duramente a decisão do Superior Tribunal Federal de legalizar o aborto de bebés anencéfalos. Os fetos anecéfalos não são viáveis e acabam por morrer minutos ou horas depois do parto, por não terem um sistema (cérebro, tronco cerebral) capaz de manter as funções vitais. Para os Bispos do Brasil, “a Vida humana, que se forma no seio da mãe, já é um novo sujeito de direitos e, por isso, tal vida deve ser respeitada sempre, não importando o estágio ou a condição em que ela se encontre”. D. Odilo Pedro Sherer, secretário-geral da CNBB, apresentou num debate televisivo as razões do “não” da Igreja à decisão do Presidente do Tribunal Federal: “apesar da má formação, trata-se de um ser humano”. “É claro que percebemos que o feto anencéfalo não tem condições de sobrevivência fora do útero materno, mas trata-se de um ser vivo, e a vida deve ser respeitada em quanto vida e não por suas possibilidades de sobrevivência”, acrescentou. “A questão da vida e da morte deve ser deixada ao livre curso natural. Dizer que a vida começa depois do nascimento parece impossível no contexto científico em que vivemos”, defendeu.

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