A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) publicou uma mensagem para o Dia do Trabalhador, manifestando o seu compromisso “em favor dos direitos sociais do povo”. A Igreja brasileira indica que “a crise atinge, sobretudo, os trabalhadores, os pobres, as pequenas e médias empresas” enquanto “os bancos recebem verbas milionárias dos governos para salvar o sistema financeiro”. O documento expressa também a solidariedade dos Bispos com todos os desempregados, “vítimas da crise ou dos que se aproveitam dela”. “A crise mostra a sua face mais cruel ao se deslocar do capital financeiro para o sector produtivo, dizimando milhares de postos de trabalho, na cidade e no campo. Os países e as populações pobres sofrem mais directamente as consequências do actual modelo capitalista de desenvolvimento, incapaz de assegurar a dignidade humana, garantir os direitos sociais básicos e preservar a vida em nosso planeta”, assinala a CNBB. Para os Bispo do Brasil, na origem da crise “estão o sistema neoliberal globalizado e a falta de ética na economia e na regulamentação do mercado, gerando corrupção e especulação”. “A crise financeira e económica é apenas uma parte da crise mais profunda que é social, política, cultural, ambiental, ética e espiritual. Todas essas dimensões devem ser consideradas com coragem e lucidez, na busca de uma saída sustentável”, aponta a CNBB.