Director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais salienta iniciativas organizadas a propósito da vinda do Papa a Portugal
O director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja Católica, Cón. António Rego, considera que os bispos devem estar mais próximos da imprensa.
“É preciso criar proximidade com os meios de comunicação locais, é preciso que a figura do bispo seja próxima dos jornalistas, é preciso que a Igreja saiba como tem de intervir para os media e quando tem de dar opiniões”, frisa o sacerdote.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o responsável diz que o empenhamento dos organismos e movimentos clericais e laicais da Igreja na comunicação social “não é uniforme”.
Entre os aspectos positivos, o Cón. Rego destaca a acção do “grupo de leigos fantástico que intervém nos media a propósito da vinda de Bento XVI” e salienta a “quantidade de iniciativas, textos, debates e presenças” que têm sido organizados a propósito da deslocação do Papa a Portugal.
Ao nível das dioceses, o director sublinha o esforço que tem sido feito pelos jornais locais e a criação e consolidação de gabinetes de imprensa, assunto que foi motivo de reflexão nas Jornadas da Comunicação Social realizadas em Setembro de 2009.
“Obviamente não direi que está tudo óptimo e que a Igreja já sabe comunicar em tudo”, assinalou o Cón. Rego, lembrando que a evolução é lenta porque implica “estruturas, meios, custos e carismas”.
“Eu digo sempre que instrumento mais caro é o cérebro e o empenhamento”, refere o sacerdote para vincar a importância do factor humano num meio em que a tecnologia se impõe.
O responsável pelas comunicações sociais admite que “há alguma insuficiência” por parte do clero mais idoso na adesão aos meios digitais, mas lembra “que não se pode pedir a pessoas com 60 ou 70 anos que entrem velozmente neste universo”.
No entender do sacerdote, a idade mais avançada dos padres não os dispensa de se rodearem de pessoas com habilitações técnicas que tirem proveito dos recursos multimédia, destinando ao clero a responsabilidade dos conteúdos.
“Penso que seria por aí que a presença da Igreja no mundo digital ganharia uma dimensão ainda mais intensa e competente do que tem neste momento”, assinala o Cón. António Rego.