Bispos debatem herança do Vaticano II

Jornadas Pastorais do episcopado português dedicadas ao Concílio que se iniciou há 50 anos

Fátima, Santarém, 18 jun 2012 (Ecclesia) – Os membros da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) reúnem-se a partir de hoje em Fátima para as suas jornadas pastorais, este ano dedicadas ao Concílio Vaticano II (1962-1965).

A iniciativa inclui várias conferências e painéis temáticos, com intervenções de bispos, teólogos, economistas, sociólogos e outros especialistas, incluindo Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Centro Nacional de Cultura, e José de Souto Moura, anterior procurador geral da República, refere um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Nos trabalhos, que se prolongam até quinta-feira à tarde, os participantes vão abordar a questão central ‘A receção do Concílio Vaticano II na Igreja em Portugal’, com destaque para as consequências deste evento do ponto da ação eclesial e na sua relação com a sociedade.

Entre os intervenientes contam-se o presidente e o vice-presidente da CEP, respetivamente D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa, e D. Manuel Clemente, bispo do Porto.

As jornadas concluem-se com uma mesa-redonda sobre a “perspetiva conciliar na comunicação da doutrina por parte da Igreja”.

A CEP apresentou em abril a nota ‘Celebrar e viver o Concílio Vaticano II’, convidando a assinalar os 50 anos da abertura deste acontecimento, numa altura em que “a fé deixou de ser um dado evidente”.

“Celebrar o Concílio Vaticano II não significa recordá-lo em clima de nostalgia do passado, mas revivê-lo e projetá-lo, na abertura ao futuro onde Deus nos espera. Cabe-nos a missão de pôr sempre mais em prática o Vaticano II, um Concílio com 50 anos de atualidade”, refere o documento, aprovado durante os trabalhos da última assembleia plenária do organismo episcopal.

Para os bispos católicos, esta é uma ocasião para “experimentar a alegria e o entusiasmo do encontro com Cristo na comunidade da sua Igreja”.

“Se a nossa fé não se renova, facilmente degenera num adorno espiritualista e as práticas religiosas não passam de rituais sem alma e coração”, indica o texto.

A nota pastoral observa que não basta mostrar “concordância com os documentos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica”, publicado há 20 anos, apelando a um “estilo de vida cristã, na família e no trabalho, na vida social e política”.

As jornadas pastorais reúnem dezenas de bispos e representantes de dioceses, congregações religiosas e movimentos eclesiais.

OC

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Agência ECCLESIA

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