Bispos de Angola negam «ruandização» de Cabinda

Comunicado da CEAST refuta críticas vinda do enclave A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) divulgou um comunicado em que nega qualquer risco de “ruandização” do enclave de Cabinda, refutando assim as críticas da Associação de Cabinda MPALABANDA. Para os Bispos angolanos, a actuação do vigário-geral da diocese, Pe. Milan Zednichek, não tem promovido nenhuma onda de violência, negando que tenha incitado as forças policiais a “fazerem uso da força” no caso da missa não autorizada de 21 de Maio passado na paróquia da Imaculada Conceição. “A leitura feita pela MPALABANDA é para nós – e como tal a denunciamos – uma inábil e ardilosa tentativa de mistificar a realidade. É de irresponsáveis evocar cenários como o Ruanda para uma situação que em nada se lhe assemelha e onde só a fantasia doentia de alguém pode encontrar similitudes”, aponta o comunicado do CEAST. Os Bispos de angola dizem ainda que “no caso específico dos acontecimentos eclesiais (não nos compete emitir juízos sobre outros factos) objecto de ódio, de linchamento moral e de agressões até físicas deram-se e são só de uma parte: aqueles cujo erro é o de se esforçarem na aplicação do decreto do Papa”. João Paulo II nomeou, a 11 de Fevereiro de 2005, D. Filomeno Vieira Dias, então Bispo Auxiliar de Luanda, como Bispo de Cabinda, em substituição de D. Paulino Madeca, que resignou por ter atingido o limite de idade. Esta nomeação gerou fortes protestos entre alguns dos fiéis católicos locais, que reclamam a nomeação de um Bispo natural do enclave, e não de Luanda. Mais de um ano depois, D. Filomeno ainda não tomou posse do seu cargo e desconhece-se quando o fará. A CEAST confirma que sete sacerdotes da diocese de Cabinda, “por acto grave de desobediência”, foram proibidos pelo Cardeal Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos de celebrar a Eucaristia e de pregar em público até novas ordens e de incorrerem na sanção canónica do interdito em caso de reincidência.

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