No início do II Concílio do Vaticano (11 de outubro de 1962), o bispo do Funchal referiu que a diocese onde exercia o seu múnus pastoral tinha “muitos problemas de ordem pastoral”. Para D. David de Sousa, a diocese do Funchal necessitava de “maior capacidade para admissão e aproveitamento das vocações” tanto no seminário maior como no seminário menor.
No início do II Concílio do Vaticano (11 de outubro de 1962), o bispo do Funchal referiu que a diocese onde exercia o seu múnus pastoral tinha “muitos problemas de ordem pastoral”. Para D. David de Sousa, a diocese do Funchal necessitava de “maior capacidade para admissão e aproveitamento das vocações” tanto no seminário maior como no seminário menor.
Este “aumento de capacidade” e, consequentemente, de admissões e ordenações sacerdotais é, “urgentemente, reclamado para atender as crescentes necessidades da diocese e para ocorrer, com a sua cota parte, às gritantes necessidades da Igreja”, disse ao Boletim de Informação Pastoral, nº 19, Setembro-Outubro de 1962, Pág. 31.
No relato que faz ao referido órgão de comunicação social, o prelado madeirense constata também que a construção de novas igrejas e a provisão de novas paróquias (01 de janeiro de 1961 o número subiu de 52 para 102 paróquias) trouxeram novos desafios. “Esta duplicação de paróquias cria o problema da duplicação do clero paroquial e o problema da construção de quase tantas igrejas quantas as paróquias criadas”.
A chamada «boa imprensa» era também uma lacuna que preocupava D. David de Sousa. Esta devia informar, orientar e cristianizar a “opinião pública”, a fim de que ela adquira e possua “uma sensibilidade e um sentido verdadeiramente humanos, cristãos e evangélicos”.
Depois do apelo da encíclica «Mater et Magistra» sobre a vertente social da Igreja, o bispo do Funchal reconhece que existe também o “problema habitacional e assistencial às pessoas e famílias que carecem de conveniente alimentação, vestido, casa e assistência”.
No arquipélago dos Açores, o desafio pastoral que mais preocupa o bispo de Angra, D. Manuel Afonso de Carvalho, é “a formação religiosa” dos cristãos. “Se estes não forem bem instruídos nas verdades da fé, não poderão louvar convenientemente ao Senhor e cumprir a sua lei”, disse ao BIP nº 19.
Para o bispo de Angra, “em boa hora”, Portugal intensificou a “obra da catequese e a Ação Católica, procurando atingir as almas em todas as idades, levando-as a viver mais intensamente a vida da graça”. Para isso, “impõe-se uma formação esmerada do clero” tanto do ponto de vista intelectual e, sobretudo, “espiritual”, alertou D: Manuel Afonso de Carvalho.
Uma diocese será o que “for o seu clero” e, nesta convicção o bispo de Angra sublinhou que faria “convergir todas as atenções para os seminários e para os sacerdotes”, não se “poupando a sacrifícios”.
No início do concílio, D. Manuel Afonso de Carvalho esperava que este acontecimento eclesial convocado pelo por João XXIII trouxesse “novas diretrizes em ordem à formação do clero”. Após o concílio, o prelado de Angra visualizava “um novo surto de espiritualidade nas almas, mediante novos métodos de instrução religiosa”.
LFS