As Conferências Episcopais europeias esperam novas políticas migratórias no Velho Continente, que tenham em conta que o fenómeno “é consequência da injusta situação de pobreza e de subdesenvolvimento” em que muitas pessoas vivem, em especial os jovens. Após um encontro dos directores nacionais para a pastoral das migrações, convocado pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), os participantes apelaram aos responsáveis da UE, Conselho da Europa e ONU para que estabeleçam “políticas mais eficazes de ajuda aos países pobres, com maior controlo sobre o tráfico de seres humanos”. A iniciativa decorreu de 21 a 24 de Setembro, em Siguenza, Espanha, subordinada ao tema “Migração e juventude: oportunidade para a Igreja e para a sociedade na Europa”. Estiveram representadas 26 Conferencias Episcopais, entre as quais a de Portugal. Os 50 participantes lembraram todos os que “se lançam na aventura de conquistar o senho europeu, com o desejo de fugir à sua pobreza e à das suas famílias”. Aos países do Velho Continente é pedido que reformulem as suas políticas de acolhimento “para evitar acontecimentos dolorosos dos quais são protagonistas os jovens imigrantes”. O secretário-geral do CCEE, D. Aldo Giordano, disse no início dos trabalhos que a pastoral das migrações deve ser “um laboratório para o ecumenismo” e incentivar “o encontro entre as religiões, nos vários continentes”. O presidente da “Comissão Migrações” do CCEE, D. Luis Pelatre, vigário apostólico de Istambul (Turquia), disse na sua intervenção que “o fenómeno dos jovens nas migrações deve interrogar-se, sem esconder as dificuldades que o mesmo comporta”. A “Comissão de Migrações” do CCEE é constituída por representantes de 5 países, entre os quais se conta Portugal, representado pela OCPM, órgão executivo da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana da CEP.