“A pastoral do mundo do trabalho numa economia globalizada” é o tema do seminário organizado pelo Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) que decorre em Santiago do Chile até 30 de Julho.
O objectivo do encontro é apoiar as conferências episcopais na organização e fortalecimento da acção da Igreja Católica no mundo laboral, incluindo os trabalhadores informais e os desempregados, refere a Agência ZENIT.
A iniciativa, que começou esta Segunda-feira na capital chilena, conta com a participação de 35 pessoas provenientes de 14 países da América Latina e do Caribe.
O programa do seminário prevê uma análise da realidade actual da Pastoral do Trabalho em cada uma das conferências episcopais, planeamento de linhas comuns de actuação e estabelecimento de critérios com vista à elaboração de um guia sobre o sector.
O bispo José Luis Azuaje, responsável da secção “Leigos Construtores da Sociedade”, do Departamento de Justiça e Solidariedade do CELAM, que organiza o encontro, sublinhou que “o mundo do trabalho é muito complexo”, envolvendo “economia, política, empresa e cultura” e principalmente “a família, no seu desenvolvimento e perspectiva de futuro”.
“Pretendemos reflectir para nos aproximarmos da realidade do mundo do trabalho e, com criatividade, encontrar novos caminhos de compromisso evangelizador nesta dimensão”, explicou.
O prelado lembrou que, de acordo com a visão da Igreja, o trabalho é um meio para “entrar na íntima comunhão com Deus”, sendo também “essencial na vida pessoal e de serviço aos irmãos”.
A opção preferencial pelos pobres e as situações de injustiça e pobreza vividas nos países que participam no seminário devem suscitar “a busca de novas propostas pastorais”, frisou D. José Luis Azuaje.
O responsável apelou ao “exercício da dimensão profética da Igreja” perante as “injustiças do desemprego, do trabalho infantil e forçado”, bem como das “mulheres maltratadas e exploradas” e das pessoas “que não têm segurança social ou se vêem ameaçadas por questões políticas ou ideológicas”.
De acordo com o prelado, a multiplicidade de problemas associados ao mundo do trabalho constitui uma oportunidade “de serviço para a Igreja”.
Com Zenit