Bispos convidam cubanos a acolher o Papa

Bento XVI vai visitar a ilha de 26 a 28 deste mês, 14 anos depois da viagem de João Paulo II ao país

Havana, 02 mar 2012 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal de Cuba (CEC) convocou “toda a população” a acolher Bento XVI, que vai visitar a ilha de 26 a 28 deste mês, 14 anos depois da viagem de João Paulo II ao país.

“Queremos convidar toda a população a receber o Santo Padre Bento XVI com o carinho e o entusiasmo de quem vem em nome do Senhor”, refere uma mensagem dos bispos católicos cubanos, divulgada esta quinta-feira.

Estes responsáveis sublinham que a presença do Papa vai promover “sentimentos e atitudes” de “misericórdia, gratidão e reconciliação” entre “todos os cubanos”.

A CEC fala num “particular entusiasmo” vivido desde que se anunciou a viagem papal, que dizem responder a “um desejo que por muito tempo esteve vivo no coração dos católicos e de muitos cubanos”.

“Este foi, também, um desejo do Papa que, apesar dos limites impostos pela idade e a sua grande responsabilidade na Igreja e no mundo, quis acompanhar e celebrar com os cubanos o quarto centenário da descoberta e presença da imagem bendita da Virgem da Caridade”, padroeira do país, pode ler-se.

A “visita de cortesia” ao presidente de Cuba, Raul Castro, e a missa na Praça da Revolução, em Havana, capital do país, constituem alguns dos pontos da agenda do Papa, que parte de Roma às 09h30 (menos uma em Lisboa) do dia 23, sexta-feira, para uma viagem de 10 mil km em direção ao México.

A chegada a Santiago de Cuba acontece no dia 26, com a cerimónia de boas-vindas no aeroporto local, onde o Papa vai discursar perante o presidente Raul Castro e a Conferência Episcopal.

O primeiro dia em Cuba encerra com a missa, e respetiva homilia, na Praça Antonio Maceo, por ocasião dos 400 anos da descoberta da imagem da Virgem da Caridade.

A visita ao Santuário da Nossa Senhora da Caridade, em Santiago de Cuba, pelas 09h30 (mais seis em Lisboa), marca o início de terça-feira, dia em que não se preveem intervenções de Bento XVI, que às 10h30 parte do aeroporto local rumo a Havana, num voo de 750 km.

A aterragem na capital está prevista para as 12h00 e quando forem 17h30 o Papa visita Raul Castro no Palácio da Revolução, antes de jantar com os bispos de Cuba na Nunciatura Apostólica (embaixada da Santa Sé), pelas 19h15.

A Praça da Revolução, em Havana, recebe às 09h00 de quarta-feira a última missa e homilia do Papa, que às 16h30 se despede de Cuba com um discurso no aeroporto de Havana, meia hora antes de partir para Roma, onde deve chegar às 10h15 de quinta-feira, 29 de março, 22 mil km após o início da viagem.

Os bispos católicos cubanos convidam a população a participar nas celebrações e a preparar a chegada de Bento XVI com três dias de “oração e missão”.

“Que a Virgem da Caridade do Cobre guie e acompanhe os passos do Papa entre nós, que recebemos com filial afeto”, concluem.

Na apresentação desta mensagem à imprensa, os representantes da CEC adiantaram que Cuba vai receber pelo menos três aviões com peregrinos provenientes dos Estados Unidos da América para a visita de Bento XVI.

OC

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