A Mensagem da 78ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Colombiana (CEC) revela a desilusão e a preocupação dos Bispos perante a “conjura contra a vida humana” e da violência que castiga há anos o povo colombiano. “É hora de silenciar as espingardas e de pôr em marcha actos sinceros e reais de paz”, assinalou a CEC. O comunicado expressa que o Episcopado, “como todos os colombianos, quer um país em que se respeite a liberdade, se promova a verdade e se instaure a justiça”. O texto cita o discurso breve inaugural do Arcebispo de Bogotá, que chama os legisladores a criar um marco jurídico para restaurar “as relações fragmentadas pelo conflito”, e dar ao país “uma lei de verdade, justiça e reparação”. Nessa oportunidade, o Cardeal Rubiano indicou que “o pensamento social da Igreja recorda que as vítimas do conflito não podem ser esquecidas”. Além disso, pede que se chegue a um acordo humanitário que liberte todos os sequestrados e se inicie “um processo de negociação e de paz entre o Governo e as FARC-EP”. No comunicado, os bispos colombianos reafirmam, “uma vez mais, o princípio de que a vida humana deve ser respeitada desde seu início na fecundação até seu ocaso natural”. O texto expressa a preocupação do Episcopado por “todos os atentados contra a vida humana”. A CEC apela “ao bom julgamento e à rectidão de consciência dos legisladores”, para que não prosperem projectos de lei que promovam o aborto, a eutanásia e a clonagem terapêutica com células embrionárias.