Bispos argentinos asseguram que é inaceitável relacionar a Igreja com a tortura durante a ditadura

A Conferência Episcopal Argentina (CEA) negou a informação jornalística na qual o general Reinaldo B. Bignone relacionam alguns bispos com uma suposta aprovação da tortura durante a ditadura (1976-1983). No documentário “Esquadrões da morte. A escola francesa” da jornalista Marie-Monique Robin e emitido pelo Canal Plus de França, Bignone assegurou que alguns bispos argentinos – nunca mencionou nomes . aprovaram a tortura a desaparecidos e presos políticos. “É absolutamente falso e inaceitável relacionar a Igreja com esse tipo de crimes, que sempre condenou com clareza e energia” diz um comunicado publicado ontem e assinado pelo secretário-geral da CEA, intitulado “A Igreja e a tortura”. A este respeito, o organismo católico recorda uma carta enviada à junta militar no dia 17 de Março de 1977 onde se reclamava “a situação de muitos presos que, segundo declarações dos seus familiares, foram submetidos a tratamento ilegal, de características tais que julgávamos serem inconcebíveis para o modo de ser argentino e que para o cristão são inaceitáveis em consciência”.

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