Bispos americanos apoiam reforma do sistema de saúde

Barack Obama quer aprovar medidas de apoio público na saúde mas enfrenta críticas

A Conferência Episcopal dos bispos católicos americanos lançou um site (www.usccb.org/healthcare) com o objectivo de ajudar a esclarecer os católicos sobre a reforma no sistema de saúde que o Presidente Barack Obama tenciona ver aprovada e que está a gerar controvérsia nacional.

A reforma do sistema de saúde propõe apoio público aos cuidados de saúde. Os seguros de saúde são a prática comum na América, mas este é um sistema que deixa de fora cerca de 46 milhões de cidadãos.

A controvérsia instalou-se entre os 80 por cento da população que dispõe de cobertura médica ao acusar o governo de ingerência e de desconhecimento da forma de financiamento do apoio público.

Existem 624 hospitais católicos nos Estados Unidos da América, número que, afirmam os bispos americanos lhes confere “credibilidade e assegura uma forte presença no debate sobre a reforma do sistema de saúde americano”.

No site podem encontrar-se vídeos que analisam variados aspectos do debate da reforma do sistema de saúde, respostas a diversas questões, cópias de documentos e cartas dos bispos enviados ao Congresso, factos e estatísticas sobre a saúde nos Estados Unidos e ainda links que permitem enviar mensagens aos membros do Congresso.

Os bispos planeiam ainda organizar «acções alerta» no site quando o Congresso retomar a discussão sobre a reforma legislativa, marcada em Setembro.

O site pede aos católicos que digam ao governo que “a reforma do sistema de saúde deveria incluir uma cobertura de cuidados de saúde para todas as pessoas desde a sua concepção até à morte natural, proibindo o financiamento federal para a realização de abortos”.

“Os cuidados de saúde são um direito humano. O acesso aos cuidados de saúde não deveriam depender do local de trabalho de cada pessoa, de quanto ganha, ou de onde a pessoa vive”.

Os bispos americanos evidenciam a necessária mudança no sistema de saúde americano e pedem ainda que a reforma demonstre uma especial preocupação pelos pobres, persiga o bem comum e o pluralismo, incluindo a liberdade de consciência, que limite os custos e que estes sejam aplicados equitativamente entre todos os pagadores.

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