Bispos ameaçados de morte no Brasil

Conferência Episcopal brasileira publica nota de solidariedade e pede protecção das autoridades competentes A Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) publicou uma nota de solidariedade para com três dos seus membros que afirma serem vítimas de “perseguição e até ameaças de morte”, considerando que “seria injusta qualquer agressão a estes agentes”. “Exigimos das autoridades competentes investigações sérias e protecção para os ameaçados. A sua vida é preciosa para o povo que defendem e para nós que lhes somos solidários. Basta de violência”, referem os Bispos. Reunidos em Assembleia-Geral, os prelados do Brasil chamaram a atenção para o drama pessoal de D. Erwin Krautler, da prelazia do Xingu; D. José Luiz Azcona Hermoso, da prelazia do Marajó; D. Flávio Giovenale, Diocese de Abaetetuba. “Qualquer agressão contra eles atinge a todos nós, seus irmãos no ministério episcopal, e ao povo a quem servem com destemido zelo e corajosa profecia. Em Cristo somos um só com eles e com as pessoas que eles defendem: os povos indígenas; as mulheres, crianças e adolescentes que o tráfico de seres humanos instrumentaliza, que a exploração sexual vende e as drogas matam”, pode ler-se. “Apoiamos também o seu empenho na defesa do meio ambiente que a ganância devasta com nefastas consequências para a vida humana. As suas lutas são, portanto, as nossas lutas, seus sofrimentos são os nossos sofrimentos”, acrescenta a nota. A CNBB coloca-se ainda do lado de “Bispos, padres, pessoas consagradas, leigos que trabalham pelos mesmos ideais de vida e de justiça em todo o Brasil onde os direitos humanos são constantemente aviltados e, por isso também sofrem ameaças”. Segundo a nota, esta perseguição mostra “a perversidade que se introduziu na nossa sociedade, cuja história é vergonhosamente manchada de sangue de inocentes que tombaram por causa do seu trabalho na defesa dos injustiçados, oprimidos e excluídos. Diante disso, manifestamos a nossa indignação”.

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