Os Bispos católicos da Alemanha convidaram quatro Bispos da Fraternidade de São Pio X, a quem o Papa revogou a excomunhão imposta em 1988, a declararem publicamente sua aceitação do Concílio Vaticano II, e em particular a Declaração «Nostra Aetate» sobre as relações com o judaísmo e com as religiões não-cristãs. O convite é deixado numa declaração assinada por D. Heinrich Mussinghoff, Bispo de Aachen e presidente da Subcomissão para as Relações com o Judaísmo da Conferência Episcopal Alemã. O prelado afirma que os bispos alemães apoiam os esforços do Papa para “obter a unidade da Igreja”, ainda que admita que esta decisão “suscitou uma série de perguntas críticas”, sobretudo por causa das teses negacionistas do Holocausto expressas por D. Richard Williamson. “Opomo-nos da forma mais decidida a esta negação do Holocausto, que na Alemanha já está a ser objecto de investigação judicial”, declara D. Mussinghoff. Por sua parte, a Conferência Episcopal Suíça, país no qual Dom Marcel Lefebvre estabeleceu a casa de formação da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, quis sublinhar em uma nota que os bispos consagrados em 1988 sem mandato pontifício, “apesar do levantamento da excomunhão, continuam suspensos «a divinis»”. “Na doutrina da Igreja, a revogação da excomunhão não é reconciliação, nem a reabilitação, mas a abertura do caminho para a reconciliação. Esse acto não foi um ponto de chegada, mas um ponto de partida para um diálogo necessário sobre as razões da dissensão”, escrevem os Bispos suíços. Redacção/Zenit