Bispos africanos denunciam falta de tratamento a pessoas infectadas com HIV/Sida

Apenas um terço as pessoas infectadas com o vírus HIV/Sida receberam tratamento apropriado. Por cada duas pessoas tratadas, há cinco que são infectadas com o vírus. A denúncia partiu dos bispos africanos reunidos no Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar – SECAM.

Os bispos africanos pedem apoio para ajudar a população doente. “O vírus HIV e a Sida não desapareceram, apesar de algumas ideias em contrário. A ideia de que o tratamento está disponível é falsa”, referem os bispos  numa declaração assinada pelo presidente da SECAM, o Cardeal Polycarp Pengo, Arcebispo de Dar es Salaam.

O número de órfãos, pessoas vulneráveis e crianças infectadas está a crescer, denunciam, enquanto que “o estigma social é ainda um inimigo poderoso”. O aumento de fome e desespero leva as pessoas a recorrer ao sexo como meio de subsistência, indicam os prelados africanos.

“A Igreja africana está a perder a luta contra o HIV e o tratamento de pessoas infectadas e afectadas”.

Recordando as palavras de Bento XVI, por ocasião da visita pastoral a África, os bispos reafirmaram que este é um problema que não se pode resolver apenas com a distribuição de preservativos.

“Só uma estratégia baseada na educação das pessoas para uma responsabilidade individual, num contexto moral e integral da sexualidade humana, especialmente através da fidelidade conjugal, poderá causar um impacto real na prevenção desta doença”.

Na opinião dos bispos africanos “a melhor forma de prevenir a transmissão sexual do vírus é a abstinência antes do casamento e a fidelidade dentro do casamento”. 

Os bispos deixaram ainda um apelo aos mais jovens. “Não se deixem enganar. A abstinência é a melhor prevenção”.

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