Bispo sudanês critica falta de empenho pela paz

Os sucessivos falhanços para se chegar à paz no Sudão mostram que as forças governamentais estão a “brincar” com as pessoas quando assinam acordos de cessar-fogo. A acusação é lançada pelo Bispo Daniel Kur Adwok, Auxiliar na Diocese de Cartum. Em declarações à Ajuda à Igreja que Sofre, este responsável critica duramente o governo islamita de Omar al Bashir, que classifica como “muito pouco sério” quanto à vontade de respeitar o Acordo de Paz de Janeiro de 2005 para o sul do Sudão. “Em Cartum, o Governo está a jogar um jogo – limitam-se a deixar as coisas correr. Não há a mínima seriedade para abordar os assuntos que interessam, as milícias são livres de fazer o lhes apetece”, critica. Na própria capital do país, alerta o Bispo Adwok, o governo não dá passos para assistir os refugiados internos que regressam – muitos deles cristãos –, desejosos de voltar às suas casas agora que há mais paz no sul, após 25 anos de guerra. Apesar de agora haver um acordo de paz para esta região, há uma forte tendência para islamizar esta parte do país. Muitas organizações fundamentalistas islâmicas, especialmente da Arábia Saudita e Paquistão, apoiam apenas muçulmanos. Neste contexto são de assinalar gestos recentes por parte do governo, como a aprovação de três locais em volta de Cartum para a construção de três igrejas, duas protestantes e uma para os católicos. Apesar disso, D. Adwok diz que esta concessão tem um impacto mínimo quando comparada com as restrições que têm lugar a muitos planos de construção de igrejas. Só na diocese de Cartum estão projectados 20 novos espaços de culto, à espera de aprovação governamental. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

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