Bispo perseguido pede ajuda internacional para o Sudão

O Bispo de Obeid, D. Macram Max Gassis, um dos símbolos da perseguição religiosa no Sudão, fez um apelo à comunidade internacional para que vele pelo direito à autodeterminação de várias regiões do país, às portas de um acordo de paz. “A comunidade internacional deve prestar muita atenção ao Sudão, especialmente neste momento em que está às portas de um acordo de paz”, pediu D. Gassis em declarações â agência missionária Fides. O Bispo indicou que enviou uma carta a Karl Rove, conselheiro especial do Presidente norte-americano George W. Bush, “para chamar a atenção do governo dos EUA, que está exercendo pressões para chegar rapidamente a um acordo, sobre a questão ainda sem solução do estatuto de três regiões em disputa, os montes Nuba, Abiey e o sul do Estado do Nilo Azul”. Depois de anos de guerra e, pelo menos, dois milhões de vítimas, o governo e a guerrilha chegaram a um acordo militar que prevê a retirada das tropas governamentais do sul do Sudão e a progressiva fusão das tropas rebeldes com o exército nacional, para formar as Forças armadas unificadas. D. Gassis explicou que “na carta enviada a Washington afirmei que qualquer acordo de paz, que exclua as aspirações e as esperanças da população destas regiões, levará à assimilação destas populações do norte árabe muçulmano, pondo assim em perigo os acordos de paz”. O Bispo acrescentou que “a guerra não acabou, apenas se transferiu para oeste e leste do país”. “ Segundo a imprensa internacional, os combates no oeste levaram cerca de 100 mil pessoas a procurar refúgio na fronteira com o Chade, onde correm o risco de morrer de fome.

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