D. Manuel Linda presidiu a Missa pelo 103.º aniversário da Guarda Nacional Republicana
Lisboa, 05 mai 2014 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança recordou hoje em Lisboa os militares afetados pela atual crise económica e pediu a solidariedade de todos para fazer face às dificuldades.
“Conhecemos bem as imensas carências e dificuldades que alguns têm de suportar nos difíceis tempos que correm. Pois, é aí que mais se reclama a nossa presença solidária no amparo emocional, na proximidade afetiva, no apoio psicológico e, obviamente, em todos os tipos de ajuda, incluindo a económica”, disse D. Manuel Linda, na Missa a que presidiu pelo 103.º aniversário da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Na intervenção, enviada à Agência ECCLESIA, o prelado elogiou os militares desta força de segurança, de natureza militar, como “servidores do bem público” e convidou todos a superar “a competição doentia, os ciúmes que levam à inveja, a indiferença que mata”.
“Sabemos bem que, no mundo, está presente o insondável mistério do mal que se opõe fortemente à realização integral da pessoa humana e, por vezes, até a aniquila e a destrói: sonhamos com vida e deparamo-nos com violência e homicídios; queremos segurança e confrontamo-nos com quem atenta contra pessoas e bens; aspiramos à sociedade pacífica e sabemos que o regime democrático também tem inimigos”, observou.
Neste contexto, D. Manuel Linda convidou à prática de ações “boas, nobres e justas” que ajudam à realização de cada ser humano e dos povos, para que a liberdade humana seja “liberdade do bem” e leve à construção de uma sociedade fraterna.
“Para isso, é inegável o valor do progresso cultural e civilizacional, o contributo indispensável da educação, a força persuasiva e preventiva da lei”, precisou.
O bispo destacou a importância da ação da GNR face aos “abismos do mal”: “Mal moral dos crimes, homicídios e violência de toda a ordem; mal social causado pelos inimigos da ordem pública e da sociedade democrática da boa convivência em liberdade”.
D. Manuel Linda recordou que a força de segurança “até lida com o mal físico da doença e da velhice, observável nas muitas campanhas e programas de apoio a idosos”.
“Caros militares da GNR, enquanto bispo e enquanto crente é o que ouso propor-vos: usai sempre um coração cheio do Espírito de Jesus ressuscitado na vossa nobre função social”, declarou.
A intervenção deixou o pedido de que este espírito comece na vida familiar e se estenda a toda a comunidade, para que a GNR “se distinga, a nível interno e da família, por este timbre de qualidade relacional que, em ermos religiosos, poderíamos denominar como fraternidade de irmãos”.
“Invoco para vós e para esta missão o especial auxílio da nossa padroeira, Nossa Senhora do Carmo. Que com a sua solicitude materna se ponha fim ao abismo do mistério do mal e, no Espírito do seu Filho ressuscitado, participemos na qualidade da sua vida nova”, concluiu.
A Guarda Nacional Republicana vai celebrar o seu 103.º aniversário com uma cerimónia militar, esta terça-feira, pelas 10h00, na Escola da Guarda, em Queluz.
OC