D. Shlemon Warduni confessa receios perante a retirada das tropas norte-americanas
O bispo iraquiano Shlemon Warduni considera que as forças estrangeiras presentes no país “têm o dever de deixar aqui a paz e a segurança” antes de partir.
O prelado falava à Rádio Vaticano a respeito do final da missão de combate do exército norte-americano, a 31 de Agosto, o qual implica a saída de 14 mil militares e a permanência de 50 mil, até 2011, para assessorar e formar o exército e a polícia do Iraque.
Sete anos após o começo da guerra que levou ao final do regime de Saddam Hussein, D. Shlemon Warduni disse que é muito difícil viver num lugar onde não há governo.
“O Iraque não tem governo, não tem lei”, referiu o bispo auxiliar de Bagdad, da comunidade caldeia, sublinhando ainda que “não há trabalho, mas bombas, kamikazes e outras manifestações de violência”.
Para este responsável, hoje são bem visíveis “os resultados negativos da guerra”.
“Aqueles que falam de democracia, que venham andar nas ruas de Bagdad”, desafia.
O bispo da capital iraquiana considera fundamental “formar um governo estável, um governo forte”, com o apoio da comunidade internacional.