Bispo indiano fala em tragédia indescritível

A região dos arquipélagos de Andaman e Nicobar, pertencentes à Índia, foi das mais devastadas pela fúria do tsunami de 26 de Dezembro. O Bispo de Port Blair, D. Aleixo das Neves Dias, lamenta “a tragédia humana que traz lágrimas aos olhos”. O secretariado internacional da Ajuda à Igreja que Sofre recebeu hoje um relatório da Conferência dos Bispos Católicos da Índia (CBCI), onde D. Aleixo das Neves Dias descreve a situação calamitosa que atingiu a sua Diocese de Port Blair, que compreende os arquipélagos da Andaman e Nicobar. “É impossível descrever a situação aqui. Precisamos de tudo. Das vossas orações, dos vossos pensamentos, da vossa consolação e de auxílio material”, escreve o prelado indiano no documento enviado para a Ajuda à Igreja que Sofre. O Bispo de Port Blair refere que se perderam anos de árduo trabalho, começado do nada e que agora se voltou à estaca zero. Contudo, o prelado salienta que “mais do que as perdas materiais é a tragédia humana que traz lágrimas aos olhos” e acrescenta que a calamidade provocou “muitos órfãos, mas principalmente muitas viúvas e viúvos”. Acerca do campo de refugiados provisório que foi criado em Port Blair e que está a cargo das autoridades indianas, D. Aleixo das Neves Dias notou que “é graças à ajuda das populações locais que se torna possível gerir este campo, coordenado não-oficialmente por sacerdotes e religiosas”. O Padre Almeida, Vigário Geral da Diocese de Port Blair, informou a Ajuda à Igreja que Sofre que “todas as igrejas, presbitérios, escolas e conventos nas paróquias de Katchal, Kamortam Car Nicobar, Campbell Bay e Hutbay foram varridas pelo maremoto”. A Ajuda à Igreja que Sofre enviou 50 mil euros para a Diocese de Port Blair para auxílio das vítimas desta terrível catástrofe. A organização de caridade contribuiu com um montante de 200 mil euros de ajuda de emergência à Índia, Sri Lanka e Indonésia.

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