Mulheres enfrentam dificuldades económicas ou renunciam a prática cristã
D. Matthew Kwasi Gyamfi, Bispo de Sunyani, no Gana, denunciou as situações que as mulheres enfrentam quando optam por assumir as práticas religiosas.
Perante os padres sinodais, D. Gyamfi deu conta que devido aos casamentos polígamos consentidos pela cultura e tradição do povo, as mulheres “têm negado os sacramentos”.
Nos muitos casos em que os maridos se sentem ofendidos pelas mulheres que deixam o casamento para receber os sacramentos de Iniciação (baptismo, confirmação e eucaristia), “é negado às mulheres e crianças apoio financeiro o que resulta em dificuldades económicas e insegurança”, denunciou o Bispo do Gana.
Para evitar enfrentar dificuldades económicas, muitas mulheres optam por continuar sem os sacramentos de Iniciação.
A Igreja tem sido acusada de “fomentar a desunião e destruir a coesão social” nos casos em que as mulheres saem sem o consentimento dos maridos.
“O resultado é que em algumas partes de África muitas mulheres vão à Igreja regularmente e participam activamente em todas as actividades, mas são-lhes negados os sacramentos da Iniciação, Reconciliação e Matrimónio”.
O Bispo do Gana afirmou que a Igreja precisa enfrentar esta “situação” e conceder “especiais privilégios à mulher” que “sem culpa tornaram-se vítimas de casamentos polígamos”.