Peregrinação Internacional do Migrante e Refugiado a Fátima
O Bispo de Créteil apelou, em Fátima, à integração social dos imigrantes nos países de acolhimento, evitando situações de exclusão de comunidades e divisões familiares. D. Daniel Labille lembrou as palavras de João Paulo II, considerando que “a pertença à comunidade católica não é determinada pela nacionalidade ou origem social, mas essencialmente pela fé em Jesus Cristo”.
O líder da Diocese estrangeira que conta com a maior comunidade portuguesa presidiu hoje em Fátima às cerimónias da Peregrinação Internacional do Migrante e Refugiado.
Na sua homilia D. Labille convidou “a uma abertura recíproca entre a população emigrada e a população do país que acolhe”, tendo convidado os peregrinos a rezar por todos aqueles que, em busca de uma vida melhor, tiveram de deixar as suas terras e pelos que tiveram de fugir devido à guerra e à perseguição política ou religiosa.
Perante milhares de peregrinos que encheram o recinto do Santuário, o prelado francês recordou ainda o exemplo da sua própria experiência pastoral na diocese, integrando os imigrantes de 86 nacionalidades, em particular os cerca de 150 mil portugueses, que levaram um grande dinamismo à mesma. “De há uns anos a esta data, os imigrantes começaram a integrar-se nas paróquias e a ocupar o seu lugar de pleno direito, participando nos vários movimentos de apostolado e nos diversos serviços da Igreja diocesana”, explicou. Sobre os portugueses, Daniel Labille elogiou o carácter dos emigrantes que conhece, comprometidos em várias actividades eclesiais e defendendo a unificação familiar, seja qual for o país de acolhimento.
“Deve ser também essa a nossa preocupação de hoje: vivermos unidos em família, vivermos unidos em Igreja sob a protecção de Maria. Quando os pais viram emigrar os filhos para França, para a Alemanha, para a América, a sua primeira preocupação foi de conservar os laços familiares”, referiu.
