Bispo do Zimbabué denuncia corrupção

O bispo da Diocese de Hwange, no Zimbabué, D. José Alberto Serrano Antón, afirmou que o nível de corrupção daquele país “está a crescer em todos os níveis”. “A corrupção cresce desde o mais alto nível, dos líderes do país. Se não tivermos um pouco mais de cuidado, vamos ter uma sociedade corrupta”, disse em declarações à Rádio Ecclesia, emissora católica de Luanda. Segundo o Bispo, a actual situação de Zimbabué deve-se “ao mau governo”. “Uma indecência. Não estamos a melhorar, pelo contrário, estamos pior”, afirmou. Referindo-se ao estado da economia do país, D. Serrano Antón disse que nos últimos anos “ela só baixa”. “Nestes últimos anos, podemos dizer que desde o ano 2000 a economia está cada dia mais baixa. A inflação ultrapassa os quatro mil por cento”, frisou o Bispo. O nepotismo e a falta de empregos que afecta a sociedade de Zimbabué foram também situações apontadas, acusando a falta de “critérios morais”. Em Abril deste ano, os bispos católicos de Zimbabué acusaram o Presidente Robert Mugabe de chefiar um Governo “mau e corrupto”. Numa carta pastoral divulgada por altura da Páscoa, os prelados defendiam reformas políticas radicais, como forma de evitar uma revolta generalizada naquele país do Sul de África. A Conferência Episcopal sublinhou que a austeridade económica e a repressão política deixaram o país em “perigo extremo”. “As razões para o descontentamento são muitas, entre as quais o mau governo e a corrupção”, podia se ler no documento. Os prelados, em forma de desafio, pediam a Robert Mugabe que pusesse fim à repressão e deixasse o cargo num processo democrático. Com Rádio Vaticano

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