D. Manuel Clemente não esconde tristeza, mas deixa palavra de confiança nas capacidades das forças da autoridade D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, manifestou a sua preocupação com a onda de violência que tem vindo a atingir a cidade. Alegadas disputas associadas à segurança na noite do Porto terão estado na origem de seis assassinatos, em 2007. Em declarações à ECCLESIA, o prelado mostrou-se “preocupado e entristecido”, deixando “uma palavra de estímulo às autoridades policiais” para que encontrem a melhor maneira de responder “depressa e bem”, no sentido de “evitar outras coisas do género”. “Compreendo que haja aqui um ineditismo, não estávamos habituados a coisas assim nem na repetição nem no género de crime, mas com certeza que as nossas autoridades estarão à altura de responder a este desafio”. O Bispo do Porto fala num clima de “vendetta” que “corre o risco de continuar” e considera “óbvia” a comparação com as máfias de outros tempos, com “nomes novos para pecados velhos”. “É um tipo de actuação, de meios, de mundo e de submundo que tende a ser, infelizmente, muito semelhante negativamente”, prosseguiu. D. Manuel Clemente sublinha que as questões de segurança “implicam a própria democracia”, ultrapassando o receio sentido por cada pessoa. “Verificámos na história que sociedades inseguras não são o melhor caldo de cultura da democracia”, alerta. “A cidadania livre, plena e desafogada requer um clima de segurança. Esse é o papel das autoridades”, aponta.