D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, afirmou que “que um dos maiores desperdícios” da nossa sociedade é a “pouca valorização dos idosos”. Na segunda conferência quaresmal que proferiu na Sé do Porto, o prelado sublinhou que “há muitíssimo a fazer no sentido de valorizar e recolher tudo o que eles ainda podem dar, especialmente tudo o que só eles podem dar-nos, a partir da experiência acumulada, a partir da sabedoria”. “Neste ponto há realmente muito a fazer, para estimular e acrescer o lugar e a contribuição dos idosos na sociedade, na família e também nas instâncias públicas e administrativas”, prosseguiu. Para este responsável, “quando se levanta um rumor aparentemente humanitário, no (sem)sentido de aceitação da eutanásia, é importantíssimo dizer que o caminho tem de ser absolutamente outro, ou seja, o do acompanhamento dos idosos, sobretudo na debilidade e na doença, com todos os subsídios da segurança e da medicina, integrando os cuidados paliativos, de tanta eficácia actual”. “Nós não podemos dispensar os idosos e os doentes, nem dispensar-nos deles. Para um cristão, tal decorre imediatamente do comportamento de Cristo, que nunca se alheou das fronteiras difíceis da vida humana, pois que vinha precisamente salvá-las e transpô-las”, aponta. O Bispo do Porto afirmou que “a nossa sociedade vale e valerá em grandíssima parte o que dispensar positivamente aos seus anciãos e enfermos”. Notícias relacionadas • Conferência Quaresmal do Bispo do Porto/a>