Bispo do Porto desafia novos padres

D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, reuniu-se com os padres da Diocese que foram ordenados na última década, pedindo que se centrem “naquilo que lhes é específico”.

“Concretamente, em torno do Sacramento da Eucaristia e, como sinal de Cristo Sacerdote, no meio dos seus, quer no Sacramento da Reconciliação, quer em tudo o que é animação da fé e da vida espiritual dos cristãos”, aponta.

Em declarações à ECCLESIA, o prelado assegurou que espera desta nova geração uma “presença de Cristo Pastor no meio do seu povo e no meio do mundo”. Para este responsável, isso é algo “extremamente importante” num momento em que “cada vez mais eles são procurados por todas as inquietações e buscas do mundo envolvente”.

Em termos vocacionais, explica, é essencial que cada vocação seja “mais definida”. O facto de haver menos sacerdotes “obriga a maior repartição de responsabilidades, mas o mais importante é que essa circunstância, aparentemente negativa, se transforme numa crise de crescimento em que nos reencontremos mais adiante, como Igreja e como Corpo de Cristo, na variedade e especificidade complementar dos seus membros”.

Os caminhos do futuro, para o Bispo do Porto, passam pelo “sentido da corresponsabilidade”.

“Hoje em dia as comunidades que não estão garantidas por uma garantia fixa, hão-de estar garantidas por uma pertença mais envolvente de cada um dos seus membros”, precisa.

Cada um, prossegue D. Manuel Clemente, deve compreender a sua vocação específica “ao serviço do todo”.

O Bispo do Porto deseja comunidades em que “cada cristão, cada cristã, sinta e concretize a sua vocação específica – como leigo, como família, como profissional, nas funções litúrgicas – e os ministros ordenados exerçam melhor o seu papel”.

“Quando todos crescerem em corresponsabilidade, também se destaca mais e se distingue aquilo que é específico dos sacerdotes”, assegura.

A Diocese do Porto tem um delegado para o acompanhamento sacerdotal (Padres novos), o Pe. José Nuno Ferreira da Silva. Para D. Manuel Clemente é “muito bom que, de tempos a tempos, nos reunamos e partilhemos”, procurando “os caminhos de fazer melhor na animação das comunidades cristãs, até enfrentando este problema pastoral de suma grandeza que é a reconfiguração comunitária da vida cristã numa sociedade tão dispersa”.

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