Terminou ontem a Visita Pastoral do Bispo do Funchal à ilha do Porto Santo, com a celebração de uma Eucaristia que encheu a Praça do Barqueiro. Ao local compareceram não só porto-santenses, entre os quais todas as entidades oficiais e irmandades, como também muitos dos turistas que se encontravam na ilha, que não quiseram deixar de participar nesta celebração, que foi antecedida de uma procissão. Na cerimónia, o prelado diocesano acabou por reunir todas as mensagens e apelos que foi semeando ao longo de uma semana de contactos com a comunidade. «Acho que é muito importante semear a alegria e desenvolver nas famílias, nas comunidades e nos grupos o sentido do optimismo e a capacidade para superar dificuldades e sofrimentos», sublinhou, acrescentando que o modo como a mensagem foi passando foi tocando as pessoas e «foi semente de uma coisa que é importante na vida das comunidades e na vida das pessoas, que é a alegria e a esperança». Esta mensagem de D. António Carrilho acabou por funcionar também como um apelo à fé mais profunda, porque «quem tem fé e quem acredita tem de reagir de um modo positivo, mesmo às vezes àquilo que tem o seu quê de negativo». No final de um período de intenso trabalho, que o próprio classificou como «um encontro feliz do Bispo com as comunidades», o chefe da Igreja Católica na Madeira deixou também o desejo de que «todos procurem unir-se sempre mais». É que, apesar de salientar que não encontrou desunião no Porto Santo e que se deu conta de que as pessoas desejam unir-se «neste projecto comum que é o projecto da fé», lembrou que há que «deixar um certo tipo de diferenças para se dar as mãos e convergirmos todos no mesmo sentido». «Estando em causa o bem, sirvamos todos o bem», frisou. Quanto aos contactos que estabeleceu, considerou-os profícuos, até porque «o encontro das pessoas e o diálogo resulta normalmente sempre bem». «Quando há espírito de diálogo e espírito de encontro, há uma vontade comum de caminhar no melhor sentido», sustentou ainda. Por outro lado, de acordo com a sua própria experiência e visão e pelos testemunhos que lhe chegaram através dos contactos estabelecidos, sublinhou que «valeu muito a pena termo-nos encontrado». O facto de a sua presença não passar despercebida da comunidade e de ter sido sempre calorosamente recebido também mereceu o seu comentário. «Fico contente por uma razão de ordem pessoal, por ser eu próprio que estou em causa, mas também por sentir que as pessoas se dão conta de que o bispo está em nome de Cristo e do Evangelho. Esta receptividade ao Bispo neste contexto concreto para mim representa mais do que uma receptividade a mim pessoa», referiu. D. António Carrilho não deixou também de fazer referência ao serão cultural ocorrido na noite de Sábado. «Foi extremamente significativo este diálogo da Igreja com a cultura, porque a igreja tem responsabilidades no campo cultural», disse, acrescentando que «houve muita actividade cultural de outros tempos que foi de iniciativa da Igreja e hoje a Igreja felizmente tem outras instituições com quem dialoga a esse nível». Numa cerimónia que teve como destaque a família e os catequistas, o Bispo do Funchal deu graças por «tudo aquilo que foi a Visita Pastoral» e, de modo particular, «por tudo aquilo que é a vitalidade cristã destas comunidades do Porto Santo.