D. António Carrilho pediu aos sacerdotes que sejam fiéis à missão da Igreja, e tenham o espírito de criatividade suficiente para as aplicações práticas, sobretudo em tudo aquilo que se refere à Doutrina Social da Igreja, tema que serviu de substrato para a reflexão. O Bispo do Funchal fez questão de salientar que deverá ser feito todo um trabalho de continuidade, pois todas as soluções anteriores certamente foram fundamentadas, mas é preciso estar atento aos sinais e às novas circunstâncias para, na prática, ir respondendo às novas questões e interrogantes que a sociedade apresenta, e ir caminhando em frente. No final das Jornadas de actualização teológica promovidas pela Diocese, este responsável expressou a sua satisfação por nelas participar pela primeira vez, enalteceu a sua realização, sob o duplo prisma de avivar a consciência, de actualizar os conhecimentos, com aprofundamento da Doutrina da Igreja, leituras que se devem retomar, no sentido de ajudar o ministério eclesial, como base para aplicações práticas, e também para realizar a fraternidade entre os sacerdotes, pois é sempre frutuoso o encontro entre irmãos. Quanto à problemática da pobreza derivada do dinamismo da globalização, e no caso presente da Região, reconhece apresentar muitas complexidades que estão para além de análises simplistas. Por isso, adverte o Bispo que a questão é, antes de tudo, de responsabilidade, onde a coerência e a credibilidade estejam em primeiro plano. D. António Carrilho advogou ainda uma boa relação do sacerdote com os leigos, em cuja formação deve apostar a Igreja, através de todos os meios ao dispor.