Bispo do Funchal exorta a viver a fé do Carmelo

D. António Carrilho presidiu ontem a uma concelebração solene na igreja dos Carmelitas, no dia de Nossa Senhora do Carmo. Aos muitos fiéis presentes exortou a seguirem o exemplo de Maria, falou do simbolismo do Escapulário e explicou a importância da espiritualidade do Carmelo para o nosso tempo.

A espiritualidade carmelita continua tão actual como nos primeiros séculos em que a sua vivência se difundiu por toda a Europa, desde o Monte Carmelo, e em particular com a devoção ao Escapulário de Nossa Senhora.

Uma reflexão profunda neste sentido, com especiais referências às leituras do dia litúrgico de Nossa Senhora do Carmo, foi ontem proporcionada pelo Bispo do Funchal, durante a concelebração solene a que presidiu na igreja dos Padres Carmelitas na nossa diocese.

Aos muitos fiéis presentes, que enchiam por completo aquele templo religioso, D. António Carrilho exortou a vivenciarem o "Escapulário como sinal de protecção de Deus, como promessa de salvação ligada ao seguimento de Cristo e de Maria."

"O Escapulário é um estímulo. Olhando para ele o que vemos é Maria a chegar junto de nós, assegurando a sua protecção de Mãe. Mas, não basta a sua protecção", alertou. "É preciso que o caminho seja percorrido por cada um, imitando o seu exemplo. O caminho de salvação deve ser pessoal, caminho de compromisso na fé, no testemunho e em comunhão, de tal modo que a nossa vida se torne Evangelho vivo", sublinhou.

A satisfação da sede no mundo de hoje
Na sua homilia da Festa de Nossa Senhora do Carmo, e com base nas leituras bíblicas deste dia, o Bispo do Funchal reflectiu ainda sobre "as sedes e a secura" do mundo de hoje que aspira por "milagres" e pela satisfação interior.

Tal como demonstrado no passado, com os profetas e os seguidores da espiritualidade do Monte Carmelo, "a sede (humana) pode ser vista como um símbolo das aspirações profundas, de tudo aquilo que precisa ser satisfeito e deseja encontrar resposta". A solução, no entanto, não está em simples milagres. "Na vida da nossa sociedade e do nosso tempo não são apenas milagres todos os dias que podem satisfazer as necessidades. Está nas nossas mãos construir o mundo e o grande milagre está em que saibamos acolher a luz e a força de Deus. E só a água viva que é Cristo pode ser a resposta para as nossas sedes e os problemas das pessoas", apontou D. António Carrilho.

Em correspondências com estas reflexões, o Bispo do Funchal falou também da próxima visita da Imagem Peregrina de Fátima à Madeira e da recente Encíclica de Bento XVI – Caridade na verdade.

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