Bispo do Funchal esclarece problemática na paróquia da Ribeira Seca

O Bispo da Diocese do Funchal afirmou que enquanto não for resolvido o caso do padre suspenso da paróquia da Ribeira Seca, em Machico, a igreja não pode ter atitudes que possam parecer “concordância com a situação”.

Numa mensagem dirigida aos “caríssimos diocesanos da Ribeira Seca”, D. António Carrilho “lamenta” que a imagem peregrina da Senhora de Fátima “não seja recebida na igreja paroquial dada a situação existente há 33 anos, quando o bispo de então retirou ao padre Martins Júnior a competência para o exercício do seu ministério sacerdotal”.

“Enquanto a situação canónica não estiver resolvida, a Diocese não pode aceitar factos e atitudes que possam parecer de concordância com a situação”, declara.

A mensagem assinala que “o Bispo está com todos os que queriam superar divisões que vêm do passado e que aqui encontrou quando há três anos assumiu a responsabilidade da diocese”.

D. António Carrilho garante que aquela comunidade “não está esquecida, nem menosprezada como algumas pessoas pretendem fazer crer assumindo-se como representantes de toda a população”, acrescentando ter “pelo povo cristão da Ribeira Seca a mesma atenção e cuidado pastoral que dedica a todas as comunidades”.

O padre Martins Júnior foi suspenso pelo bispo D. Francisco Santana há mais de 30 anos por se recusar deixar a paróquia, desobedecendo às orientações da Diocese do Funchal, permanecendo naquela igreja e realizando actos religiosos.

Na segunda-feira após uma reunião de três horas com D. Antonio Carrilho, no Paço Episcopal, afirmou que pretende desencadear o processo para um julgamento pelo Tribunal Eclesiástico, considerando que foi “condenado sem ser julgado”.

Redacção/Lusa

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Agência ECCLESIA

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