E considerou que «é nobre o trabalho dos jornalistas e outros operadores da Comunicação Social»
A celebração do 43.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que amanhã se assinala sob proposta do Papa, foi o motivo especial para o encontro de ontem (dia 22 de Maio) do Bispo do Funchal com os jornalistas. Na saudação inicial, D. António Carrilho fez questão de lembrar que “a Igreja faz memória do momento em que Cristo, ao deixar este mundo, lhe confia a grande responsabilidade de anunciar o Evangelho a toda a criatura. Por missão lhe compete fazer chegar a toda a gente, em todos os tempos e lugares, a Boa Nova da Palavra de Jesus e a força do testemunho da Sua Vida!”
Nestas circunstâncias, a atenção dispensada aos meios de comunicação e às novas tecnologias resulta do facto da Igreja entender a sua “missão, de forma aberta, sempre criativa e adaptada à linguagem e às potencialidades de cada época”. Apesar de “muitas limitações”, explicou, “é preciso não deixar de afirmar esta sua convicção e desejo, a consciência de que a fidelidade à missão recebida de Jesus passa por procurar aproveitar e colocar as novas tecnologias ao serviço da verdade, do bem e do belo, ‘ao serviço de todos os seres humanos e de todas as comunidades”, disse, citando o Papa na sua Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações deste ano.
Mensagem destaca os mais jovens
“Novas Tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade”, é o tema da mensagem e “dirige-se especialmente aos jovens”, explicou D. António Carrilho. O objectivo é “encorajar todas as pessoas de boa vontade, activas no mundo emergente da comunicação digital, a que se empenhem na promoção de uma cultura do respeito, do diálogo e da amizade”, acrescentou.
O Bispo do Funchal, por outro lado, considera que “é nobre o trabalho dos jornalistas e outros operadores da Comunicação Social, sempre que se empenham numa correcta informação, com isenção e sentido de responsabilidade, sem outros interesses que não sejam o melhor serviço da pessoa e da sociedade. É, de facto, importante que a Comunicação Social, sem deixar de ser crítica em termos de opinião, seja verdadeira e isenta na informação dos factos e acontecimentos, responsável na reposição da verdade, sempre que tal se imponha. Só deste modo poderá ser elemento e factor de comunhão”, sublinhou D. António na abertura do encontro com os jornalistas, ontem presentes na Cúria.
“Geração digital” ao serviço do Evangelho
A apresentação pormenorizada da mensagem do Papa para o 43.ª Mundial das Comunicações Sociais foi feita pelo director do Gabinete de Informação da Diocese. O Pe. Marcos Gonçalves falou nomeadamente sobre as potencialidades, as vantagens e os conteúdos que se propõem ao mundo de hoje através das “novas tecnologias”, em especial a “familiaridade” dos jovens com o “continente digital” e de quem se espera toda colaboração para evangelizar o nosso tempo.
Livro de D. António reúne homilias e mensagens
No encontro de ontem foi ainda apresentado o livro de D. António Carrilho que reúne todas as suas Homilias, Notas Pastorais e Mensagens produzidas durante os dois anos em que está na diocese. “Corresponsabilidade e Participação” é o título deste livro editado pela Gráfica de Coimbra e encontra-se disponível na Livraria Paulinas Multimédia.
“Dois anos depois, perante as palavras de estímulo e amizade que me chegam, renovo o meu ‘Sim’, agora já enriquecido com a experiência deste tempo, no realismo da vida concreta e com o conhecimento entretanto adquirido, das necessidades das pessoas e dos seus problemas, como também dos recursos, possibilidades e limitações que a Diocese tem para lhes responder da forma mais adequada”, diz o Bispo do Funchal na contracapa desta obra.
Com Jornal da Madeira