Diocese manifesta solidariedade às vítimas e recebe mensagens de apoio dos Açores e da Conferência Episcopal Portuguesa
O Bispo do Funchal, D. António Carrilho, manifestou a sua “profunda comunhão e solidariedade” para com todas as vítimas do “trágico temporal” que assola a Madeira. Até ao momento contam-se 32 mortos, mais de seis dezenas de feridos e muitos desalojados.
Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o prelado fala num “cenário de destruição e sofrimento”, na capital madeirense, frisando que “neste momento difícil e de natural angústia, é importante manter a serenidade possível e procurar dar atenção aos alertas e orientações, que vão sendo transmitidas pelas entidades competentes”.
D. António Carrilho quis também “reconhecer, aceitar e agradecer o serviço generoso de quantos, por missão ou em regime de voluntariado, não se poupam aos riscos e sacrifícios do serviço que lhes é pedido, nomeadamente as Forças de Segurança, a Protecção Civil e os Bombeiros”.
“Rezo e convido os católicos a rezar, confiando as preocupações e o sofrimento de todos, nesta hora, à Senhora do Monte, nossa Padroeira, e à Virgem de Fátima, cuja Imagem peregrina entre nós”, conclui.
À Madeira chegou uma mensagem de apoio do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga. Este responsável diz comungar “as horas de dor e de perplexidade experimentadas pelo povo da Madeira”, assegurando “a mais profunda comunhão humana, cristã e eclesial”.
“Recordo os que partiram, em tão dramáticas situações, com a certeza das nossas orações; estou presente com quantos vivenciam dum modo mais próximo a dor provocada pela morte de entes queridos ou pela destruição de bens materiais; manifesto a disponibilidade para alguma ajuda possível na hora de recuperar dos malefícios provocados por tão grande calamidade”, assinala.
O Arcebispo de Braga deixa votos de que “a comunidade cristã saiba estar presente, em gestos de autentica proximidade, de modo que a experiência de comunhão eclesial testemunhe um verdadeiro amor junto daqueles que sofrem”.
Dos Açores veio também a solidariedade do Bispo de Angra, “em nome pessoal e de toda a Diocese”, para com todo o povo madeirense.
A Cáritas Portuguesa enviou 25 mil Euros à congénere do Funchal para ajudar a fazer face às primeiras necessidades causadas pelo temporal. Em Comunicado, a organização católica anuncia também a criação de uma conta para onde podem ser enviados contributos em favor dos madeirenses.
O primeiro-ministro, José Sócrates, esteve na Madeira, para se inteirar da situação e manter contactos com o governo regional. O presidente da República, Cavaco Silva, expressou as suas “mais sentidas condolências” para com as vítimas do temporal que assolou a Região, sublinhando a solidariedade do Continente.