Bispo do Funchal defende que «a Igreja é quem mais está ao serviço dos pobres e doentes»

A Igreja é quem mais está no terreno e chega bem próximo das famílias, idosos, pessoas doentes e pobres, nas suas próprias casas, através de um apostolado solidário que não perde actualidade. A afirmação é do Bispo do Funchal que esta Segunda-feira presidiu a uma concelebração eucarística na Casa de Saúde de São João de Deus, para assinalar o dia litúrgico do fundador da Ordem Hospitaleira. Nesta mesma cerimónia religiosa participaram D. Maurílio de Gouveia, D. Teodoro de Faria e vários sacerdotes. A mensagem do amor total a Deus e a caridade para com o próximo, testemunhadas pelo fundador da Ordem Hospitaleira e que servem de referência para todos os tempos, foram ontem lembradas por D. António Carrilho na concelebração a que presidiu na Casa de Saúde de São João de Deus (CSSJD), ao sítio do Trapiche. Na sua homilia, o Bispo do Funchal falou daquele santo português como “um homem de fé e confiança em Deus, e do seu amor aos pobres e doentes, com um coração grande, forte experiência de vida, exigente e dura”, adquirida através de várias profissões, desde “pastor, militar, operário, vendedor ambulante de livros…”, até fundar uma Congregação. No final da Missa, e em resposta a uma pergunta feita pela comunicação social, D. António disse também admirar a prática apostólica de São João de Deus, como provam o dia escolhido para o anúncio da sua nomeação para Bispo do Funchal (8 de Março de 2007) e a primeira celebração que efectuou na CSSJD (20 de Maio de 2007), um dia após a sua entrada oficial na diocese. Neste contexto, voltou a sublinhar que a sua missão episcopal continuará a apostar no serviço aos mais “pobres, doentes e idosos”, pois, “a caridade não passa só pela esmola, por uma visita ou por ajudar alguém que esteja necessitado de bens materiais, mas pelo serviço à vida”. Questionado sobre a realidade da pobreza na Madeira, conforme relatam algumas paróquias e instituições de solidariedade, o Bispo do Funchal, disse ter “conhecimento” e que está “em contacto com as instituições da Igreja que se ocupam dessa acção”. “O Bispo não faz directamente acção nas paróquias, mas temos as Conferências Vicentinas, a Cáritas Diocesana e as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Penso que a Igreja é quem mais está no terreno e chega mais dentro das casas, junto das famílias, dos idosos e dos doentes, onde se sente mais a pobreza que nem sempre é muito visível porque há muita pobreza envergonhada”, reconheceu. Ainda em relação à solenidade de ontem, D. António Carrilho destacou o “profissionalismo, a competência técnica e o serviço de animação pastoral” da Casa de Saúde de São João de Deus. E aos Irmãos da Ordem Hospitaleira, directores, utentes e colaboradores, expressou uma palavra de gratidão.

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