Maior articulação entre as Instituições Particulares de Solidadriedade Social (IPSS) ligadas à diocese é o que o deseja o Bispo do Funchal que no próximo Sábado presidirá a uma reunião com as direcções das IPSS, numa altura em que decorre também a Semana Nacional da Cáritas. O fundamental é que cada instituição trabalhe em cooperação e de acordo com as suas especificidades. “Queremos que haja uma articulação, respeitando as competências próprias”, disse o Bispo do Funchal aos jornalistas, à margem da visita que ontem efectuou à Cáritas diocesana. Mesmo “havendo possibilidade de parcerias com outras instituições que não a Igreja é evidente que, antes de mais, temos de assegurar esta articulação internamente”, sublinhou; “respeitando aquilo que é objectivo e finalidade própria de cada instituição, e em cooperação repondermos, sem estarmos a complicar de maneira nenhuma, mas repondermos às necessidades da forma que nos pareça mais adequada”, explicou D. António Carrilho. Nesse sentido foi criado o Secretariado Diocesano da Pastoral Social; e para o próximo sábado (23 de Fevereiro) está agendada uma reunião com os responsáveis pelas IPSS. “Essas instituições têm objectivos muito determinados, cada uma terá de responder por esses objectivos. Agora, vamos ver se é possível alguma articulação e cooperação. Não estou a dizer que não se tem feito o possível, pois, as direcções sabendo com os recursos que contam verão se podem ir mais longe”. Mas, “o meu apelo é sempre o mesmo: rever, renovar e ir mais longe, sendo possível; a nossa preocupação e projecto devem ser progredir sempre mais”, considerou. Sobre a Cáritas do Funchal, D. António Carrilho destacou a sua acção eficaz junto dos mais necessitados. Trata-se da “caridade organizada, com possibilidades para a “fazer a análise das situações como também realizar projectos e entrar em parcerias, no sentido de dar resposta a essas necessidades”. Em concreto, a Cáritas Diocesana do Funchal apoia actualmente “cerca 400 agregados familiares ou mil e 400 pessoas, só no Funchal”, informou o presidente desta instituição. “Os maiores problemas (que estão na base dos pedidos de ajuda à Cáritas) advêm da toxidependência (alcoolismo e droga)”. Para o futuro, há a intenção de chegar a outras regiões da nossa ilha, como ao concelho da Calheta e a zona norte, para já “as duas áreas mais sensíveis”. No campo das necessidades materiais da própria Cáritas, “as carências principais são mais de ordem financeira, roupa de crianças e material informático”, explicou o dr. José Manuel Barbeito. A maior parte da ajuda vem dos donativos anónimos e das receitas dos peditórios públicos; “a única verba fixa é aquela que vem de um protocolo com o Centro de Segurança Social da Madeira, na ordem dos 4 mil e tal euros”, para pagar ao pessoal técnico-administrativo da instituição.