Bispo do Algarve condena exploração dos imigrantes

“Alertámos as comunidades paroquiais para o trabalho meritório que estão a fazer com os imigrantes, não só de Leste mas também dos Palop” – disse à Agência ECCLESIA Carlos Oliveira, presidente da Caritas do Algarve, que promoveu, dia 22 de Fevereiro, umas jornadas de acção social sobre: “Imigração – construir a civilização do amor”. Um dos oradores foi o bispo do Algarve, D. Manuel Madureira Dias, que alertou os presentes para a necessidade “de ponderar bem qual a situação dos que cá estão” e “ver a solução a encontrar para esses”. Uma actividade, que contou com a participação de autarquias, onde se abordou também a “questão da xenofobia e da vivência nas cadeias”. Perante a nova lei da imigração, os presentes questionaram-se sobre “o que é que a sociedade tem a dar à imigração” e qual “as respostas que a Igreja poderá dar”. Face a uma lei “que não vai ao encontro das necessidades e carências dos imigrantes vimos qual a posição da Igreja perante essa realidade”. Sendo o Algarve a “quarta zona do país com mais imigrantes, a Igreja desde sempre “acolheu de braços abertos os imigrantes”. E deu exemplos: “ajuda na legalização, ensinando a língua portuguesa e inserindo-os na sociedade”. Os cristãos algarvios “empenharam-se no apoio aos imigrantes” apesar de D. Manuel Madureira Dias ter afirmado nas jornadas que a sociedade portuguesa tem de conferir aos imigrantes “uma vida minimamente digna” e condenou “a exploração descarada desses pobres que vieram para ganhar algum dinheiro para mandar para a terra”.

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