Bispo defende assistência religiosa sem limitações nos Hospitais

O Bispo do Funchal diz estar preocupado com a regulamentação que está a ser preparada sobre o acompanhamento espiritual e religioso dos doentes. O prelado anunciou que há a intenção de criar o Secretariado da Pastoral da Saúde. Uma medida fortemente aplaudida pelos presentes na sessão de abertura da iniciativa que decorreu na Casa de Saúde Câmara Pestana. D. António Carrilho defendeu ontem que os poderes públicos, tal como a Igreja, têm que responder no respeito da liberdade religiosa e na preocupação de assegurar a todos, a resposta aos anseios dos doentes. Este responsável mostrou preocupação com a circunstância de estar a ser preparado um regulamento que limita a assistência religiosa nas instituições viradas para os cuidados de saúde. D. António Carrilho, que falava na sessão de abertura de uma jornada com o tema “pastoral da Saúde, um desafio na actualidade”, anunciou ainda que é intenção da Diocese criar um novo serviço, mais concretamente o Secretariado da Pastoral da Saúde. Nesta jornada, que decorreu na Casa de Saúde Câmara Pestana, o Bispo do Funchal lembrou que Jesus teve uma atenção e um carinho muito especial para com os doentes. Ao longo dos tempos, a Igreja também tem tido esta atenção. «Se formos a ver o número de obras que nasceram motivadas exactamente por esta preocupação de ser presença do amor misericordioso de Deus junto daqueles que sofrem, podemos verificar que essas obras se multiplicaram e continuam a multiplicar-se hoje», afirmou o Bispo. O representante máximo da Igreja madeirense lembrou os hospitais, casas de saúde, lares e outros espaços de encontro e de apoio que foram sendo erguidos e que constituem uma ajuda muito grande para aquele que sofre. Segundo D. António Carrilho, quando a igreja procura estar presente no campo é «porque sente que está a realizar a sua própria missão». O Bispo do Funchal defendeu que a Igreja deve responder ao seu nível, assim como outros confissões religiosas. No entanto, conforme prosseguiu D. António, «os poderes públicos não podem deixar de responder também no respeito da liberdade religiosa e na preocupação de assegurar a todos, a resposta a esses anseios em momentos que são particularmente críticos para todos como são os momentos da doença e do sofrimento». O Bispo do Funchal quer que se olhe mais o doente do que a doença. O que não significa que não se esteja a procurar a investigação e a resposta para que se ultrapasse e se vençam dificuldades no que diz respeito à cura. D. António Carrilho aproveitou a ocasião para referir-se a um projecto de regulamentação que está a ser preparado no que diz respeito ao acompanhamento espiritual e religioso dos doentes. O Bispo do Funchal diz não conhecer o projecto, mas sublinha que não se pode esquecer um direito fundamental que é o direito à liberdade religiosa.

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Agência ECCLESIA

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